quarta-feira, 11 de maio de 2011

Weekly Reports #1

Caros colegas,
convido-vos a deitarem uns olhos (críticos?) ao último projecto do Arqº Pedro Gadanho:
podem ver mais imagens aqui.



Confesso que achei o projecto super interessante e melhor que a casa Baltasar.
No fundo, e não querendo prolongar porque tenho de voltar ao trabalho, acho que ele faz um equilíbrio perfeito entre um "prazer estético" kitsch e um "valor" funcional, conceitos aparentemente antagónicos.
Apesar de isto ser uma arquitectura de interior, vai mais além do que pintar paredes e por tectos falsos. E num panorama em que a construção de arquitectura a grande escala se encontra em particular recessão (no nosso país), é interessante pensar nos caminhos que se podem seguir.


De seguida mostro um livro que encomendei recentemente: The BLDGBLOG Book, que reúne as visões, imagens, conceitos que o blog foi apresentando desde o lançamento em 2004



Chegou hoje. Digo-vos que para os aficcionados por estas "visões especulativas" e conceitos surpreendentes é um pequeno mimo.


9 comentários:

  1. Isto é serviço público de excelência! Curtia dar uma vista de olhos nesse book.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Começo o meu comentário por chamar atenção que este é o primeiro projecto de arquitectura apresentado nesta plataforma. e acho que é um óptimo exemplo. Primeiro porque é português e como diz a Inês precisamos de levantar a moral. Segundo porque tal como o Francisco menciona, há uma "estranheza" agradável, uma inquietação que me leva a questionar várias vezes se gosto ou se não gosto. E isso confesso que me entusiasma. O que acho mais interessante acerca desta obra, não é tanto o funcionamento das cores, ou o desenho desta ou aquela peça de mobiliário, mas antes a relação que consegue ter com o "portfólio" do Arq.Pedro Gadanho. Como sabemos, é alguém que tem vindo a desempenhar um papel multidisciplinar na arquitectura em Portugal bastante positivo, desde a edição da revista Beyond, publicação de livros, comissário de exposições como Habitar ou Influx/Redux, e ainda o seu blog shrapnelcontemporary. Quero com isto dizer que há uma postura ou uma atitude global bastante abrangente mas profissionalmente "pop" (não no sentido de querer ser popular) isto é numa ambição de abrir espaço para outros mundos entrarem na sua postura criativa, como o design gráfico por exemplo. E isto reflecte-se na forma como se movimenta dentro do vasto campo da arquitectura e na forma como a constrói quando é necessário.O que me deixa "duvidoso" é a experiência desses espaços, não no sentido se "resulta ou não resulta" mas pelo sentido antagónico que nos chega(a foto,o enquadramento, o facto de tar a ver isto num ecrã led de PC - ajudam bastante a essa "estranheza" agradável). Por exemplo, a obra dos SANNA é na minha opinião muito mais interessante nas imagens renderizadas dos projectos do que nas fotos da obra construída. Não estou a fazer comparações, estou antes a construir uma opinião.Seria necessário uma visita a esta casa em Torres Vedras, mas como não me parece que vá acontecer resta-me voltar a dar os parabéns ao Francisco pela sua escolha.

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  4. Francisco "gosta" disto. (relativament ao comentario do caro colega Hugo. onde anda o Mike? tanta coisa tanta coisa para se começar um blog e discutir arquitectura e nem opina!! ai ai, isto tem de ganhar uma nova dinamica.

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  5. bem...quero então afirmar vocês são um bando de graxistas....andava eu pela faup e já tinha de aturar o excelentíssimo Francisco Castelo Branco com a Casa Baltazar para a direita e esquerda...e agora levo com o outro orientando que também se fascina.....tsetsetse....

    Isse (n) é uma estupidez......

    ...agora a sério, já afirmei que gostei muito destes teus novos posts, o projecto exposto também é deveras interessante mas não posso deixar de afirmar que no teu caso(de postante) é tendencioso....devido ao universo pop a que pertences.....
    mas gostei...acho que explora os espaços interiores de uma forma que não estamos habituados a ver, desenhando o mobiliário e assim potencia a forma espacial . Para mim, isso é sem dúvida positivo pois expõem um caminho que por vezes refutamos, como se nos tempos actuais o desenho do espaço interior seja o papel do designer de interiores...
    se reflectirmos um pouco Siza, Aalto, Lloyd Wright, Mies Van der Rohe ou outros, também desenham e desenharam as peças que compunham os seus edifício(até a própria faup).
    Pessoalmente, acho este projecto bem mais interessante que a casa Baltazar....
    Só para finalizar a foto principal parece um mackintosh dos antigos, aqueles azuis dos lados e atrás, sem o monitor da frente...
    Por isso, I LIKE....mesmo à FAces...

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  6. lol. "mesmo à Faces".
    Mike, peço te para nao me rotulares como "pop" lol. ou multimedias. Acho que sou um bocado de tudo. ou pretendo ser. Postaria este projecto tao rapidamente como uma Farnsworth do Mies. Pelo simples facto de ser um motivo de discussão.
    Claro que pode parecer tendencioso falar do autor mas acredita que ao postar este projecto foi pela surpresa positiva de projecto de arquitectura e nao pelo autor. Tal como diz o Hugo, surgiu uma "estranha surpresa agradável". Não sei explicar, mas tudo (mobília) parece surgir no sítio certo que garante uma harmonia num extravagante gesto. Tinha de ser ali e nao noutro sítio. E acho que é isso que dá força. Óbvio que "não fui lá". e só por isso devia calar-me, mas uma coisa tenho a certeza: é nos pormenores e detalhes que se notam as diferenças e grandes arquitectos. àquele que nao escapa nada.

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  7. Miguel, não se trata de sentir ou não fascinado com a obra do arq. Pedro Gadanho. O facto de ser meu orientador na tese, não acrescenta nada à minha opinião sobre a obra dele.Não sei se esta obra em particular nos mostra algo de novo sobre intervenções em interiores. A particularidade pode estar nesse desenho de mobiliário como referes.Contudo creio que não é uma coisa tão distante quanto isso. É preciso existir a oportunidade. A questão aqui é a utilização ou o desenho de cada peça como uma componente quase cénica dos ambientes. E aí acho que está a "estranhesa agradável".

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